Já havíamos colocado na Casa dos Poetas dois poemas de José Agostinho Baptista. Hoje pegámos num jovem poeta de grande valor, também da Madeira, de seu nome Duarte Temtem.
PAISAGENS DA MESMA SOLIDÃO
Ninguém me disse, um dia,
No escuro
Que há palavras que são sítios por dentro.
Ninguém me disse, um dia,
Que há noites que são quase lugares.
Paisagens da mesmo solidão,
Plena de outros lados:
As lágrimas principais.
Como ruas assim,
Que se existissem de tanto silêncio,
Seriam planícies de mais frias
E despovoadas,
Morrendo com tanta força que nunca
Se encontrariam no mesmo medo.
Porque no silêncio,
Há sempre o perigo de palavras às escuras
(onde tenho todas as ruas do mundo
À minha espera)
Duarte Temtem
in o poema insone (Magna)
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