CIDADE SUBJECTIVA
E depois existe uma cidade subjectiva
(sem casas)
e observa-se no ar
um copo de whiskey gigante, ouvem-se vizinhos furtivos
sobre a sede rígida,
e emagrecem as palavras que riscam a parede, descreve-se
a memória cautelosamente
e sazonam-se as vozes que vão escurecendo
num buraco de energia.
E faz-se silêncio e não há luz na mão.
[E o futebol não pára
(um jogador vê o segundo amarelo e volta
para o geral subjectivo)]
E por fim,
uma última corrida à tona de um semi-sono vivo,
a solidão de um golo.
Nasce então o esquecimento de uma alegria
(violoncesca)
de noite, luzes e transpiração.
in Polishop
(pré-publicação)
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